Jovens e trabalhadores durante Mobilização na Grécia. |
Este Blog é uma das muitas iniciativas tomadas por uma mente audaciosa.
As linhas abaixo podem parecer ter um sentido pretensioso, entretanto, esperamos que contribuam à reflexão necessária frente à catástrofe que nos ameaça devido à Crise econômica Mundial.
Vivemos em tempos de propagandeada calmaria, crescimento e desenvolvimento galopantes. Nos meios de comunicação, sobretudo nos grandes grupos midiáticos, nos é colocada a verdade absoluta do grande "boom" econômico brasileiro e o avanço Gradual e possível nas condições de vida de toda a população.
Famílias que viviam de migalhas agora tendo como comprar um saco de arroz; outras sem luz elétrica, agora com postes; ProUni, REuni, Univesp...
Estas são as ditas soluções para problemas antigos e recorrentes na vida dos brasileiros, principalmente daqueles que mais precisaram e precisam de efetivas soluções.
Em todos os lugares, desde o saguão das ciências sociais da Usp até o Congresso Nacional, passando por cada casa, bairro, local de trabalho, fábrica e fazenda, vigora a irrefutável assertiva de que este é o único caminho Possível; a única alternativa viável; melhor isto do que nada...
Apesar de todo este aparente avanço gradual e melhorias crescentes, cujo aumento é apontado de maneira profética pelos ideólogos do possibilismo, temos visto em todo o mundo uma onda de ataques e decorrentes convulsões, pelas quais, invariavelmente, o Brasil passará e já passa e as quais tendem a aumentar.
Sem terras sendo assassinados; Trabalhadores sendo demitidos em massa; o direito de greve atacado de maneira escancarada por meio da repressão policial e do corte de ponto; indígenas reprimidos pelos "orgãos mantenedores da ordem"; estudantes reprimidos por reivindicarem suas demandas básicas como o direito à permanência (moradia, alimentação) ; professores recebidos à bala no palácio do governo, numerosas manifestações da juventude tratadas do mesmo modo pela “democracia do gás lacrimogênio”... Todos estes são exemplos de como é falsa a impressão de calmaria, bem como é a de que as coisas tem melhorado gradualmente.
Sabemos que a crise econômica tem afetado enormemente uma série de países centrais, tendo seu epicentro atual na Europa. Nosso país não se encontra blindado às balas da crise e muito menos independente do destino das nações centrais do capitalismo.
O que tudo indica é que teremos, no próximo período, situações de ataque aos direitos sociais e trabalhistas tão grandes quanto os que hoje afligem a maior parte das populações destes países atingidos pela crise. Isso se dará, pois nos marcos da quebra de Bancos e empresas, os estados tem tido a política de salvamento às custas do orçamento público. O resultado nós sabemos: endividamento público e a necessidade de conter o déficit orçamentário.
Obviamente já vemos como ocorre tal contenção. Educação, saúde, moradia, transporte, previdência, todos estes são alvos da ofensiva estatal e, certamente, a maior parte da população é que pagará com seus direitos a ganância destes poucos magnatas. Tal é o quadro, hoje pintado em telas gregas, espanholas e árabes e que terá como tela o Brasil.
Não diferentemente do que nos aguarda, é a situação da juventude, dos trabalhadores e das massas que se colocam em oposição a esta lógica. A resposta governamental é uma só: a repressão.
Para estes estudantes, jovens e trabalhadores, a única possibilidade real é dizer não. Para estes setores, a única saída realista, do ponto de vista de seus direitos e de seus anseios é dizer: "Não! Se vão nos tirar, é agora que diremos que queremos mais; queremos tudo."
As mobilizações Francesas contra as reformas de austeridade que buscam se implementar em toda a Europa; os processos revolucionários abertos em numerosos países árabes, tendo o Egito, novamente, como a ponta de lança de um movimento de trabalhadores e da juventude combativo e “indignado”; os indignados da espanha, enfim, todos estes exemplos demonstram que o "possível" se define por uma questão concreta, ou seja, pelas condições objetivas de resposta e pela perspectiva e construção subjetiva para dar-se esta resposta.
Hoje, reiteramos, a resposta para as parcas condições de existência da maioria de nossa população, para a insuficiência da garantia de direitos elementares como saúde, moradia e educação, para a universidade elitista, para a falta de terras, para a miséria social generalizada, para a falta de universidades, enfim, para toda a decadência capitalista, é a idéia do avanço gradual, possível e seguro.
Nós, estudantes- sobretudo de Humanidades-, desde o início de nossa jornada acadêmica e, sobretudo, prática, buscamos refletir acerca dos marcos mais gerais da realidade humana que nos cerca. Acreditamos que o que nos impele é a busca do entendimento mais geral de como se organiza, mantém e para onde irá esta sociedade humana, com suas especificidades locais.
O questionamento, análise e observação de todos estes processos nos permitem questionar as respostas dadas e sua efetividade real.
Se quiséssemos entrar no mérito da questão demonstraríamos o quanto lucraram os grandes bancos e empresas, ou quanto há de concentração de terras nas mãos dos latifundiários ou quanto tem se destinado de orçamento público para as mãos dos grandes "líderes" parlamentares brasileiros, para, assim, demonstrarmos que não é verdade que o possível é apenas esta miséria garantida. Não é, simplesmente, disso que se trata.
Buscamos, aqui, demonstrar o quanto estamos paralisados por toda a perspectiva gradualista, possibilista, que busca a confiança em fórmulas fáceis e ilusórias. Buscamos, desde nossas humildes reflexões, demonstrar o papel que a juventude deve ter no que diz respeito ao questionamento do status quo e a avaliação criteriosa e cientifica da realidade. Defendemos, não obstante, o engajamento prático desta juventude na transformação daquilo que deve ser mudado.
E sim, universidade precisa ser mudada! As idéias precisam ser reformuladas! A moral precisa ser questionada! A miséria precisa ser superada! O imobilismo precisa ser solapado!
As linhas abaixo podem parecer ter um sentido pretensioso, entretanto, esperamos que contribuam à reflexão necessária frente à catástrofe que nos ameaça devido à Crise econômica Mundial.
Vivemos em tempos de propagandeada calmaria, crescimento e desenvolvimento galopantes. Nos meios de comunicação, sobretudo nos grandes grupos midiáticos, nos é colocada a verdade absoluta do grande "boom" econômico brasileiro e o avanço Gradual e possível nas condições de vida de toda a população.
Famílias que viviam de migalhas agora tendo como comprar um saco de arroz; outras sem luz elétrica, agora com postes; ProUni, REuni, Univesp...
Estas são as ditas soluções para problemas antigos e recorrentes na vida dos brasileiros, principalmente daqueles que mais precisaram e precisam de efetivas soluções.
Em todos os lugares, desde o saguão das ciências sociais da Usp até o Congresso Nacional, passando por cada casa, bairro, local de trabalho, fábrica e fazenda, vigora a irrefutável assertiva de que este é o único caminho Possível; a única alternativa viável; melhor isto do que nada...
Apesar de todo este aparente avanço gradual e melhorias crescentes, cujo aumento é apontado de maneira profética pelos ideólogos do possibilismo, temos visto em todo o mundo uma onda de ataques e decorrentes convulsões, pelas quais, invariavelmente, o Brasil passará e já passa e as quais tendem a aumentar.
Sem terras sendo assassinados; Trabalhadores sendo demitidos em massa; o direito de greve atacado de maneira escancarada por meio da repressão policial e do corte de ponto; indígenas reprimidos pelos "orgãos mantenedores da ordem"; estudantes reprimidos por reivindicarem suas demandas básicas como o direito à permanência (moradia, alimentação) ; professores recebidos à bala no palácio do governo, numerosas manifestações da juventude tratadas do mesmo modo pela “democracia do gás lacrimogênio”... Todos estes são exemplos de como é falsa a impressão de calmaria, bem como é a de que as coisas tem melhorado gradualmente.
Sabemos que a crise econômica tem afetado enormemente uma série de países centrais, tendo seu epicentro atual na Europa. Nosso país não se encontra blindado às balas da crise e muito menos independente do destino das nações centrais do capitalismo.
O que tudo indica é que teremos, no próximo período, situações de ataque aos direitos sociais e trabalhistas tão grandes quanto os que hoje afligem a maior parte das populações destes países atingidos pela crise. Isso se dará, pois nos marcos da quebra de Bancos e empresas, os estados tem tido a política de salvamento às custas do orçamento público. O resultado nós sabemos: endividamento público e a necessidade de conter o déficit orçamentário.
Obviamente já vemos como ocorre tal contenção. Educação, saúde, moradia, transporte, previdência, todos estes são alvos da ofensiva estatal e, certamente, a maior parte da população é que pagará com seus direitos a ganância destes poucos magnatas. Tal é o quadro, hoje pintado em telas gregas, espanholas e árabes e que terá como tela o Brasil.
Não diferentemente do que nos aguarda, é a situação da juventude, dos trabalhadores e das massas que se colocam em oposição a esta lógica. A resposta governamental é uma só: a repressão.
Para estes estudantes, jovens e trabalhadores, a única possibilidade real é dizer não. Para estes setores, a única saída realista, do ponto de vista de seus direitos e de seus anseios é dizer: "Não! Se vão nos tirar, é agora que diremos que queremos mais; queremos tudo."
As mobilizações Francesas contra as reformas de austeridade que buscam se implementar em toda a Europa; os processos revolucionários abertos em numerosos países árabes, tendo o Egito, novamente, como a ponta de lança de um movimento de trabalhadores e da juventude combativo e “indignado”; os indignados da espanha, enfim, todos estes exemplos demonstram que o "possível" se define por uma questão concreta, ou seja, pelas condições objetivas de resposta e pela perspectiva e construção subjetiva para dar-se esta resposta.
Hoje, reiteramos, a resposta para as parcas condições de existência da maioria de nossa população, para a insuficiência da garantia de direitos elementares como saúde, moradia e educação, para a universidade elitista, para a falta de terras, para a miséria social generalizada, para a falta de universidades, enfim, para toda a decadência capitalista, é a idéia do avanço gradual, possível e seguro.
Nós, estudantes- sobretudo de Humanidades-, desde o início de nossa jornada acadêmica e, sobretudo, prática, buscamos refletir acerca dos marcos mais gerais da realidade humana que nos cerca. Acreditamos que o que nos impele é a busca do entendimento mais geral de como se organiza, mantém e para onde irá esta sociedade humana, com suas especificidades locais.
O questionamento, análise e observação de todos estes processos nos permitem questionar as respostas dadas e sua efetividade real.
Se quiséssemos entrar no mérito da questão demonstraríamos o quanto lucraram os grandes bancos e empresas, ou quanto há de concentração de terras nas mãos dos latifundiários ou quanto tem se destinado de orçamento público para as mãos dos grandes "líderes" parlamentares brasileiros, para, assim, demonstrarmos que não é verdade que o possível é apenas esta miséria garantida. Não é, simplesmente, disso que se trata.
Buscamos, aqui, demonstrar o quanto estamos paralisados por toda a perspectiva gradualista, possibilista, que busca a confiança em fórmulas fáceis e ilusórias. Buscamos, desde nossas humildes reflexões, demonstrar o papel que a juventude deve ter no que diz respeito ao questionamento do status quo e a avaliação criteriosa e cientifica da realidade. Defendemos, não obstante, o engajamento prático desta juventude na transformação daquilo que deve ser mudado.
E sim, universidade precisa ser mudada! As idéias precisam ser reformuladas! A moral precisa ser questionada! A miséria precisa ser superada! O imobilismo precisa ser solapado!
No entanto, para isto, acreditamos na explosão crítica e contestadora deste transe social propagado e garantido massivamente ao nosso redor. Lutamos pelo incêndio das consciências na busca de soluções. Defendemos a superação das velhas direções apontadas pelos velhos grupos possibilistas. Somos pela radicalidade intelectual! Acreditamos, assim, que a solução só se encontra quando buscamos a raiz das questões.
Como método, somos pelo incêndio da revolta. Que, como os estudantes franceses, árabes, espanhois e gregos, ao lado dos trabalhadores, tomando as ruas, possamos avaliar autonomamente e buscar as soluções para estas questões indicadas.
Não mais aceitaremos os limites do Muro do Possível. Não mais acreditaremos que a solução virá de bom grado como um presente. Não mais nos iludiremos com as promessas de um futuro melhor. Ao contrário, lançaremo-nos à frente de nossos futuros e construiremos, nós, a nossa saída. Tal saída será apenas a entrada de uma nova realidade. Nós, estudantes, aos lado de todos oprimidos que hoje repousam no gradualismo do transe, não permitiremos que digam aonde iremos; IREMOS A TODO LUGAR!
A repressão se apresenta como via para a permissão dos ataques aos trabalhadores , estudantes, indígenas e outros setores que, diretamente vem sendo espoliados para que paguem a conta da crise, e este mesmo fator por vezes cala e imobiliza o protesto, deixando-nos em transe, juntamente com as medidas ilusórias como as falsas promessas de ascensão social..
É contra a força repressiva que nós, estudantes temos de nos mobilizar. Contra qualquer ilusão que vise nos colocar em transe diante dos constantes ataques, também temos de fazê-lo.
Tomando por exemplo a juventude européia e árabe e seus lutadores, precisamos romper com o corporativismo e nos apropriarmos, enquanto membros ativos e conscientes da sociedade, das lutas de todos os setores que em igual medida sejam atacados. Portanto, a resposta à repressão é a mobilização ao lado dos trabalhadores!
Transformemos o regozijo dos propagadores da passividade no combustível de nossa revolta.
É com este espírito que indicamos a abertura deste blog, no qual convidamos todos a discutirem, dentre outras coisas, as questões concernentes à vida, arte e, sobretudo REVOLTA.
Que se abram novos tempos, construídos escrupulosamente através da destruição de tudo o que é velho e arcaico.
AVANTE!
É com este espírito que indicamos a abertura deste blog, no qual convidamos todos a discutirem, dentre outras coisas, as questões concernentes à vida, arte e, sobretudo REVOLTA.
Que se abram novos tempos, construídos escrupulosamente através da destruição de tudo o que é velho e arcaico.
AVANTE!
Muito bom seu texto.FORA POLÍCIA DO MUNDO!!!
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