sexta-feira, 14 de junho de 2013
Não negociamos nosso direito de lutar; isto seria o mesmo que negociar nossa respiração!
Novamente, passei, com a juventude ÀS RUAS, mais um ato contra o aumento da Tarifa. Não sem muito do já esperado desta democracia dos Ricos e suas "armas de diálogo" quentes e incisivas.
Digo por experiência que, nesta quinta, vivemos um dia de "exceção e sítio", como muitos outros que virão com a copa, as leis que proíbem- rasgando a constituição- o direito de greve, o direito de manifestação, a liberdade de expressão....
Não seria exagero dizer que esta foi uma das piores repressões à Juventude- senão a pior- da última década. Se forçássemos poderíamos dizer que desde a década de 80, ou desde o começo do fim da ditadura, não vemos tamanha ferocidade, dureza e "sanguinolência" da PM contra manifestantes.
Não é por menos.
Fica claro que esta é a gota d'água, num balde completamente cheio, para uma juventude desprovida de direitos a saúde, emprego, lazer, educação, moradia, enfim, ao futuro. A tarifa abusiva e absurda é mais um tijolo na exclusão completa de uma juventude do "Brasil potência", que de potência só tem o nome, os lucros aos grandes bancos, empresas, máfias- dentre elas a do transporte- e Eike's.
Para impedir que este "país dos sonhos" seja maculado pela imagem de baderneiros, manifestantes, gente "incivilizada" com os quais o PARTIDO DOS TRABALHADORES diz não se dispor a dialoga (mas aonde estão os trabalhadores, agora, senão presos ou detidos por estes senhores?), PT e PSDB se unem na santa aliança: "Não reduziremos. Este movimento pequeno, porém violento, deve renunciar a estratégia do terror". É claro, a Copa e os MEGAEVENTOS estão aí e isto garantirá muitos dólares (nenhum deles para os direitos da Juventude).
Ora, mas que possibilidade temos nós, meros 20 mil nas ruas, desarmados, com os olhos ardendo de gás, bomba, com as costas cansadas da corrida e balas de borracha, de causar um terror tão grande quanto a PM e seu efetivo de milhares de armas, bombas, carros, cães, cavalos e homens, com ou sem farda, que derrubam idosos, jornalistas, crianças, homens, mulheres, cachorros, o que vier na frente e for "seu inimigo? Esta foi a realidade de quinta, imposta pela Polícia que comemora em seu brasão de armas a ditadura militar e seu golpe...
Esta luta é por muito mais. Seguiremos e venceremos. Enquanto prenderem nossa juventude, trabalhadora, universitária, secundarista, pobre, da periferia (e agora não são os baderneiros de sempre, mas o povo trabalhador unido), não negociamos!
Não negociamos nosso direito de lutar; isto seria o mesmo que negociar nossa respiração. Esta jornada de lutas, estes protestos, esta energia não vista em anos na Juventude é a expressão da falência deste sistema de exploração, de baixos padrões de vida e altos padrões de exploração.
Se dizem que somos nada, pequenos, minúsculos, seremos grandes, corajosos, seremos e reivindicaremos TUDO!
Nesta luta, reforcei minha convicção socialista inabalável na humanidade: A cada caído, atingido, golpeado, surgiam diversos para levantar, jogar vinagre, proteger, fortalecer, cantar. A cada avanço da PM, os companheiros levantavam uma barricada, com vasos ou caçambas; lixos ou muretas, como dizia o poeta, na "luta de classes todas as armas são boas" A cada bomba, seguiam-se os muito mais altos gritos e canticos da guerra; a guerra de uma juventude que demonstra que não se calará.
Avancemos em transformar esta numa verdadeira revolta dos trabalhadores e da juventude. Avancemos em derrubar os mitos decrépitos, sejam de antigos "(Partido dos) trabalhadores" hoje vendidos a grandes corporações, sejam de falsas esperanças numa democracia farsesca que prende e detém por portarmos vinagre (!!!).
Avancemos na derrubada do do aumento, na estatização do transporte sob controle dos trabalhadores e usuários (por sindicatos, associações, etc) e arranquemos nosso futuro das mãos de nossos carrascos.
A juventude turca e européia não só demonstra, com atos, resistência e luta, como já se manifestou em nossa defesa. Ora, porquê não nos indignarmos e mostrar que nossa luta é internacional? Se querem apagar nosso fogo com o fogo, então terão o INFERNO!
130 mil companheiros seguem nesta luta. Somos mais alguns destes e, com força e confiança, venceremos.
ÀS RUAS!
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